sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ah, Berlim.




Chegar em Berlim teria sido uma emoção, não fosse o fato de que eu babei de dormir a viagem inteira e, quando chegamos, eu so conseguia pensar: merda, eu dormiria mais umas cinco horas. Fato. Eu estava cansada. Devido à danada daquela doença de que já lhes contei. Tomei um remédio que importei do Brasil, mas esqueci que ele dava um soninho...


O Gustavo, por outro lado, não havia tomado remédio algum. Mas, coitado, tão meu amigo. Tao querido... Foi logo colocando em pratica o amor que tem por mim, se condoeu de me ver naquela situação, e me acompanhou. Delicia.







Depois, bom, que eu vi que não tinha mais jeito mesmo de dormir, peguei minha mala, entrei pro Hostel e resolvi relaxar. Já que já to em Berlim mesmo, vamo ver o que tem nessa cidade. Saimos pra passear.

Eu sabia que aquela era a cidade dos meus sonhos mais distantes de realização, e eu queria ver tudo, tudo. Alguem sugeriu andarmos por ai, comermos alguma coisa. Dito e feito. Qual a impressão que eu tive da cidade dos meus sonhos? Não sei. Eu fiquei tão apavorada com o tamanho do lugar que meu alarme brasileiro ligou: Assalto, morte, atropelamento. Fato que me acostumei com a vida tranquiiiila em Jena. Nada com que se preocupar, ninguém pra te matar. E em Berlim, plim. O meu botão de “sempre alerta” foi ligado.

Mas foi ligado com terror. Era uma excursão. Trinta ou quarenta pessoas. Que saíram pra passear, umas 15? Metade daqui desses lados do mundo e a outra metade de chineses. Todas meninas. Andavam como se estivessem em Jena. Ai, quanta tranqüilidade. Conversavam, riam, nem olhavam pros lados. Na hora, eu e Gustavo nos afastamos um pouco do grupo, a uns passos de distancia. Queriamos que elas andassem a uma distancia suficiente pra que víssemos toda a área periférica a elas. Ai, ai. Dá pra entender porque só os estrangeiros não sobrevivem no rio.

Nesse dia, conheci as moças da bota branca.



A gente andando calmamente na rua, e um monte de moças da bota branca nas calçadas. Em primeiro lugar, eu pensei : hm... Cambistas? Isso porque todas elas têm também pochetes, e tinha um moço conversando com uma e que, logo depois, ofereceu entrada grátis pras meninas singelas da minha excursão. Bom. Continuei andando, andando. E vi que as moças da bota branca não diminuíam. Não é possível que tem tanto cambista de bota branca assim na Alemanha. E, de repente, plim! Putas. Refleti, refleti, dava uma olhadinha aqui, outra aculá. Fato é: um taaaaanto de mulher gata. Mesmo! De verdade. Eu não sou nenhuma especialista no assunto (afinal o que fazer com uma puta? Hahaha), mas eu tenho certeza que aqui o negócio é melhor que no Brasil. Eu estava lá, embasbacada com tamanha diversidade e, princiapalmente, com o fato de ser absolutamente normal andarmos na mesma rua em que elas estavam, e... de repente... Uma dessas moças começa a andar exatamente do meu lado e a falar com alguém. Comigo? Comigo? De repente, ela para, eu olho para trás para acompanhar os movimentos da moça e o que acontece? Bato num poste de meio tamanho que estava bem na minha frente. Na hora, um ou dois espertinhos que estavam do meu lado entenderam a situação. Hahahaha. Eu fingi que não era comigo, me endireitei e continuei andando, como se nada estivesse acontecendo. Ah, Berlim!

Dormimos, comemos, fizemos aquelas coisas normais que todo mundo faz e... Bueno, a gte também visitou os lugares lindos que a gente sempre sonhou. O Brandenburger Tor existe mesmo, de verdade, verdadeira. E tem mais um monte de coisas bonitas na cidade. O museu da DDR, por exemplo, é a coisa mais divertida do mundo. Lá a gente pode mexer em todas as coisas que estão expostas. O sonho de toda criança que é obrigada pela mãe a ir ao museu.

Fomos também a um teatro de gosto duvidoso, humor alemão de altíssima qualidade. Hahahaha. E... Não foi nem de longe a minha viagem dos sonhos a Berlim, porque o esquema não era muito o meu. Mas foi a viagem a Berlim, a primeira. E já valeu. Se tudo der certo, volto lá em janeiro. Agora com mais tranqüilidade, pra ser mais feliz.

P.s.: Para ver a maioria dos museus em Berlim, é preciso ter um dia inteiro livre. Não acredite que você vai entrar, ver rapidinho e vai dar tempo de fazer outras coisas. Eu passei de quinta a domingo em Berlim, e tudo que eu fiz foi ver três ou quatro museus (o da DDR, até que é pequeno. Conseguimos em umas três horas, eu acho). A noite, deu tempo de visitar o portão de brandenburgo, um ou outro monumento. Hahahaha. É uma loucura.

Se eu saí a noite? Nããão. Essa vai ser, se deus quiser, uma história pro meu próximo post de Berlim.

E as fotos? Dentro da máquina, eu ainda não consegui tirá-las de lá... ai ai...

4 comentários:

  1. Lud, qundo comecei a ler sobre as garotas de botas brancas, pensei que eram ajudantes de Papai Noel.KKKKKKKKKK.
    Bjks

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    ótima, cris. por que eu nao pensei nisso antes? hahahaha.

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  3. Morri de rir de você batendo no poste por causa da puta! HAHAHAHAHAHAHAHA Sem comentários, Ludmila! Vc simpelsmente se distrai com as botas brancas, não é mesmo? =D

    Nossa! Queria muito um museu em que pudesse tocar nas coisas! Às vezes é preciso sentir com o corpo também, pra alma acalmar. Meus olhinhos brilharam com a existência de um lugar assim! *.*

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